Google+
Mostrando postagens com marcador Estados Unidos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Estados Unidos. Mostrar todas as postagens

30 abril 2023

Tupac - Hip Hop Genius

 Mais um documentário sobre o maior rapper da história


Tupac Shakur nasceu em East Harlem, Nova York, em 16 de junho de 1971 com o nome de Lesane Parish Crooks. Sua mãe, Afeni Shakur, era uma ativista dos direitos civis e integrante dos Panteras Negras. Seu pai biológico, Billy Garland, era um membro ausente da vida de Tupac, que cresceu em lares adotivos e em abrigos para jovens. Com apenas 12 anos, começou a se envolver em atividades criminosas como tráfico de drogas e furtos.

Sobre o nome, apesar de não ser confirmado pela família de Shakur, muitas fontes (inclusive o relatório do médico legista) mostram seu nome de nascimento foi Lesane Parish Crooks. Este nome teria supostamente entrado em sua certidão de nascimento porque Afeni temia que seus inimigos pudessem atacar seu filho, e disfarçou sua verdadeira identidade usando um sobrenome diferente. Ela mudou isso depois de se separar de Garland e se casar com Mutulu Shakur. Mutulu chegou a figurar entre os 10 mais procurados do FBI.


Shakur esteve na 127th Street Repertory Ensemble do Harlem, um grupo de teatro, e foi escolhido como o personagem Travis Younger na peça A Raising in the Sun, que foi performada no Apollo Theater. Em 1986, sua família se muda para Baltimore, Maryland. Depois de completar seu segundo ano na Paul Laurence Dunbar High School, ele foi transferido para a Baltimore School for the Arts, onde ele estudou atuação, poesia, jazz e balé. Ele atuou em algumas peças de Shakespeare e também atuou como o Rei das Ratazanas em o "Quebra-Nozes".

Tupac descobriu sua paixão pela música aos 17 anos, quando ele e sua família se mudaram para a Califórnia. Lá, ele se juntou ao grupo de hip-hop Digital Underground como dançarino e logo começou a fazer rap. Ele fez sua estreia no álbum "Same Song" do Digital Underground em 1991 e assinou um contrato solo com a Interscope Records.

Em 1992, Tupac lançou seu primeiro álbum solo, "2Pacalypse Now". O álbum foi bem recebido pelos críticos, mas foi criticado por suas letras violentas e suas referências ao abuso policial. No entanto, isso não impediu que ele continuasse sua carreira musical e se tornasse um dos rappers mais populares da década de 1990.

Ao longo de sua carreira, Tupac ganhou fama por suas letras controversas e sua personalidade controversa. Ele foi preso várias vezes por agressão e também foi acusado de estupro em 1993. Embora tenha sido absolvido da acusação de estupro em 1995, ele foi condenado por abuso sexual forçado e sentenciado a quatro anos e meio de prisão.


Enquanto estava na prisão, Tupac gravou o álbum "Me Against the World", que foi lançado em 1995. O álbum foi um sucesso comercial e de crítica, e é considerado por muitos como um dos melhores trabalhos de Tupac.

No ano seguinte lança ''All Eyez on Me'', seu albúm de maior sucesso, alcançando o disco de platina pela RIAA (Recording Industry Association of America), a organização que representa as gravadoras e distribuidores americanas.

Na noite de 7 de setembro de 1996, Shakur foi assistir a uma luta de boxe entre Mike Tyson e Bruce Seldon, no MGM Grand Las Vegas. Após deixar o evento, Orlando Anderson, um membro da Southside Crips, discutiu com o rapper na portaria do ginásio, e Tupac e seus amigos o agrediram no qual foi filmada pelas câmeras de vigilância do local. Algumas semanas antes, Anderson e um grupo da Crips haviam roubado um membro da facção da Death Row em uma loja, prevendo um ataque a Shakur. Após a briga, Tupac encontrou-se com Suge para ir a uma propriedade da Death Row. Então, entrou em um BMW E38 sedan, de propriedade de Suge.

Às 22h55, quando parou em um sinal vermelho, Tupac abaixou o vidro e um fotógrafo tirou sua (última) foto. Veja abaixo:


Aproximadamente dez minutos depois, foram parados por policiais, pois estavam com o som muito alto e sem a placa de licença do carro. Então, Suge pegou as placas de dentro do porta-malas, e os dois foram liberados minutos depois sem serem multados. Por volta das 23h10, quando parou em um sinal vermelho no Flamingo Road, perto do cruzamento Koval Lane, em frente ao Hotel Maxim, um veículo ocupado por duas mulheres aproximou-se de Tupac, com o qual conversaram e convidaram para ir ao Clube 662. 

Cerca de cinco minutos depois, um Cadillac branco, modelo antigo, com um número de ocupantes desconhecido, se aproximou da BMW; o vidro da janela foi abaixado e foram disparados cerca de doze ou treze tiros contra Shakur. Ele foi atingido por quatro deles: um na cabeça, dois na virilha e um na mão. Uma das balas provavelmente ricocheteou no pulmão do rapper. Suge foi atingido na cabeça por estilhaços, mas acredita-se que a bala passou de raspão por ele.

Após chegarem ao local, policiais e paramédicos levaram Suge e Shakur, gravemente ferido, para o Centro Médico Universitário. De acordo com a entrevista de um dos melhores amigos do rapper, o diretor de vídeo Gobi, ele recebeu no hospital, de um funcionário da Death Row, a notícia que os atiradores haviam ido à gravadora, proferindo ameaças de morte a Shakur e afirmando estar a caminho do hospital para "acabar com ele". Ao ouvir isso, Gobi imediatamente avisou a polícia de Las Vegas, que afirmou estar sem policiais disponíveis; ninguém poderia ser enviado. No entanto, a ameaça não se concretizou. 


No hospital, Tupac alternava momentos de consciência e inconsciência, tendo sido fortemente sedado, respirando através de um ventilador e um respirador. Ligado a máquinas de suporte à vida, acabou por ser posto em um coma induzido por barbitúrico após repetidamente tentar sair da cama.

Após ter sobrevivido a uma série de cirurgias - inclusive a da retirada do pulmão direito, mal sucedida - Shakur submeteu-se à fase crítica da terapia médica; suas chances de sobrevivência foram calculadas em 50%. Gobi saiu do centro médico após ter sido informado que o artista tivera uma melhora de 13% na noite de sexta. Enquanto a Terapia Intensiva estava a ser realizada na tarde de 13 de setembro de 1996, Tupac faleceu de hemorragia interna; os médicos tentaram reanimá-lo mas não conseguiram impedir a propagação da hemorragia. 


Sua mãe, Afeni informou aos médicos sua decisão de desligar os aparelhos. Foi declarado morto às 4h03 da tarde. As causas oficiais da morte foram descritas como insuficiência respiratória e parada cardiorrespiratória, além dos múltiplos ferimentos a balas. O corpo de Shakur foi cremado. Mais tarde, um pouco de suas cinzas, misturado a maconha, foi fumado por membros do grupo Outlawz.

Devido em grande parte à falta de provas oficiais, muitas investigações e teorias relacionadas ao assassinato surgiram. Por causa da rivalidade entre ele e The Notorious Big, houve desde o início especulações sobre a possibilidade da colaboração de Biggie no assassinato. Ele, assim como seus amigos e sua família, negou veementemente a acusação. 

Em 2002, o escritor Chuck Phillips, do Los Angeles Times fraudulentamente alegou ter descoberto evidências envolvendo Biggie, além de Anderson e a Southside Crips no ataque. No artigo, Phillips citou fontes anônimas de um membro da gangue que alegou que Biggie tinha ligações com os Crips, muitas vezes contratando-os para a segurança durante as aparições na Costa Oeste. 


No entanto, em 2008, o LA Times publicou um documento oficial da história contada por Phillips. As fontes que o jornalista utilizou foram descobertas por The Smoking Gun e eram completamente fraudadas, o que implicou na demissão do empregado menos de cinco meses depois. Biggie foi assassinado em março de 1997.

A família de Biggie apresentou a MTV uma documentação declarando que o rapper estava trabalhando em um estúdio de gravação de Nova Iorque quando Tupac foi assassinado. Seu gerente Wayne Barrow e o cantor James "Lil' Cease" Lloyd afirmaram publicamente que Biggie não teve participação nenhuma no crime e ainda alegaram que estavam com ele no estúdio na noite do evento.

O amigo de infância de Shakur e membro do Outlawz, Yafeu "Yaki Kadafi" Fula estava no comboio quando o assassinato ocorreu e indicou à polícia que ele poderia ser capaz de identificar os bandidos. Porém, foi baleado e morto pouco tempo depois em um projeto de habitação em Irvington. Até hoje todos esses assassinatos não tiveram resolução.

O rapper atuou em alguns filmes que se destacam: "Juice'' onde foi bastante elogiado pela atuação; "Sem Medo no Coração (Poetic Justice)" com Janet Jackson, inclusive existe uma lenda onde Janet exigiu de Tupac teste de AIDS para participar; "Bullet" com Mickey Rourke e seu último filme "As Duas Faces da Lei (Gang Related)" lançado após sua morte e que conta com um elenco de peso como James Belushi, James Earl Jones e Dennis Quaid


Em 2017, Tupac Shakur foi incluído no Hall da Fama do Rock and Roll, se tornando o primeiro rapper solo a realizar tal feito e fazer parte dos então únicos artistas de Hip-Hop no Hall da Fama do Rock and Roll, junto com o N.W.A, Public Enemy, Run D.M.C. e Grandmaster Flash and the Furious Five.

Desde sua morte, Tupac tornou-se um ícone da cultura pop e um dos rappers mais influentes de todos os tempos. Sua música e legado continuam a inspirar e influenciar gerações de artistas em todo o mundo.

No fim, nem falei do documentário, esse é mais um, conta com entrevistas de amigos, jornalistas e produtores. Em comparação com outros, esse é bem mais simples, mas vale pela curiosidade de quem é fã (como eu) de Tupac.

Trailer (não tem)

Tupac - Hip Hop Genius
Estados Unidos
2004 - 64 minutos

Direção: 
Charlotte Lewin

Elenco:
Luke Brinkers (Narração)
Michael Eric Dyson
Scott Gutierrez
Money-B
George Pryce
Mopreme Shakur


21 março 2023

Mayhem - Lords of Chaos

 A história da banda Mayhem


Confesso que conheci a banda a pouco tempo e de uma forma bem aleatória, estava navegando pela internet e num link perdido do site tinha uma chamada do cancelamento de sua apresentação em Porto Alegre. Cliquei para ver o que era e a banda foi acusada de nazismo. Inclusive colocaram esse cartaz no Opinião que é a casa noturna onde iriam se apresentar:

Não dê bola para o assassinato do português

Fui pesquisar e vi que a banda é bem bizarra, ou pelo menos era no inicio de carreira, queima de igrejas, suicídio, assassinato, um bagulho bem doentio.

Sobre esse cancelamento, a banda soltou uma nota oficial:

O Mayhem é uma entidade não política com milhares de fãs ao redor do mundo, com todos os tipos de experiência e todos os tipos de crenças, ideias e preferências, e todo fã do Mayhem é tratado com o mesmo respeito. Nem a banda nem nenhum de seus membros apoiam o racismo, a homofobia ou qualquer outro "crime de ódio". Embora relatos contrários a isso tenham circulado no passado a respeito de membros individuais da banda, isto é algo distante no passado e nunca foi considerado como nenhuma forma de posição oficial para a banda. Cada pessoa nesse mundo vive e tem que responder por seus atos, ações e ideias e serão julgados de acordo; qualquer forma de julgamento baseada na vivência de uma pessoa, na sua cor de pele, preferência sexual ou qualquer coisa que eles não possam ter o controle a respeito é um ato de fraqueza e será rejeitado pela banda.

Qualquer fã de Mayhem é bem-vindo nos shows, independente de suas vivências, crenças ou orientação, desde que eles não perturbem os outros. O Mayhem acredita em maximizar seu potencial e libertar sua mente de pensamentos e ideias opressivas. Qualquer um ou qualquer coisa que diminua você é seu verdadeiro inimigo. Conceitos mundanos e questões sociais estão abaixo da liberdade da mente.

Jan Axel & Mayhem

Enfim, o passado da banda a condena e sou da opinião que escutem quem quiser, simples assim e caso tenham cometido crimes, que paguem. E é isso que iremos falar agora. Inspirado por grupos como Venom, Slayer, Bathory e Celtic Frost, o Mayhem foi fundado em 1984 pelo guitarrista Euronymous (Oystein Aarseth), o baixista Necrobutcher (Jorn Stubberud) e o baterista Kjetil Manheim. A banda gravou sua primeira demo, "Pure Fucking Armageddon", apresentando Euronymous e Necrobutcher.

Em 1986, a banda se tornou um quarteto com Billy Messiah entrando nos vocais, mas acabou cantando apenas em um show no Ski em abril de 1986, e deixou a banda no final daquele ano. Com a chegada do Maniac (Sven Erik Kristiansen) em 1987, a banda gravou seu primeiro EP, intitulado "Deathcrush", que foi lançado pelo selo Posercorpse Music; Messiah permaneceu no EP como convidado, apresentando duas músicas.

"Deathcrush" foi inicialmente impresso com apenas 1000 cópias, que venderam rapidamente. O EP foi relançado em 1993 pelo novo selo de Euronymous, Deathlike Silence Productions. Em 1988, Maniac foi demitido do Mayhem devido ao vício em drogas, Manheim saiu para encontrar um emprego regular e a banda ficou reduzida a dois membros. Para substituí-los temporariamente, Kittil Kittilsen entrou como vocal e Torben Grue na bateria, mas eles logo partiram.

Após duas breves mudanças, os vocais e a bateria foram preenchidos por Dead (Per Yngve Ohlin) e Hellhammer (Jan Axel Blomberg), respectivamente. Dead mora em Estocolmo e é o vocalista da banda Morbid, mas sabendo que Mayhem estava procurando um novo vocalista, ele se mudou para Oslo e enviou um envelope com fitas cassete, um rato podre e uma carta dizendo que está procurando uma nova banda. porque não acho que o Morbid vá a lugar nenhum. O envelope chamou a atenção dos integrantes da banda, que prontamente o aceitaram.

Dead (esq.) e Euronymous

Depois que Dead assumiu como vocalista, as apresentações ao vivo da banda se tornaram lendárias. No início de sua carreira, ele era conhecido por usar "pintura de cadáver", uma aparência em preto e branco que o fazia parecer um cadáver. De acordo com Necrobutcher, "não tinha nada a ver com a maquiagem de Kiss ou Alice Cooper. Dead queria parecer um homem morto. Ele não queria que parecesse legal". Hellhammer afirmou que Dead "foi o primeiro para usar pintura corporal de músico de black metal. Para completar seu visual, Dead enterraria suas roupas e as usaria no palco na noite do show.

Durante as apresentações, Dead frequentemente se cortava com facas e cacos de vidro quebrado, além disso, a banda costumava empalar cabeças de porcos e ovelhas com pontas na frente do palco. No início de 1990, a banda fez um show em Sarpsborg, Noruega com Equinox e Cadaver no festival Support for Slayer Magazine, e Dead teve que ser imediatamente hospitalizado após cortar profundamente e sangrar profusamente. O show foi posteriormente incluído no álbum "Dawn of the Black Hearts".

No mesmo ano, os membros da banda se mudaram para uma velha casa na floresta perto de Oslo, onde começaram a escrever canções para seu novo álbum "De Mysteriis Dom Sathanas". O baixista Necrobutcher disse que depois de viverem juntos por um tempo, Dead e Euronymous "realmente se estressaram um com o outro" e "não eram realmente amigos na época". Hellhammer lembra que em um ponto Dead foi dormir na floresta porque Euronymous estava tocando música de sintetizador que Dead odiava. Euronymous então sai de casa e começa a atirar com a espingarda para o alto. 


Em 8 de abril de 1991, Dead suicidou-se na casa da banda. Euronymous o encontrou com os pulsos e a garganta cortados e com um tiro de espingarda na cabeça. Em sua nota de suicídio, ele se desculpou pelo derramamento de sangue e pelo tiro dentro de casa, em vez de chamar a polícia, Euronymous foi até uma loja próxima e comprou uma câmera para tirar fotos do corpo depois de arrumar algumas coisas. Uma das fotos foi usada posteriormente na capa do álbum Dawn of the Black Hearts. De acordo com Stian "Occultus" Johannsen, que substituiu brevemente Dead na banda:

Dead não se via como um ser humano, se via como uma criatura de outro mundo. Ele disse que tinha muitas visões que o seu sangue estava congelado em suas veias, que ele estava morto. Essa é a razão do seu nome. Ele sabia que iria morrer.

Necrobutcher recorda-se de como Euronymous contou a ele sobre o suicídio:

Øystein me chamou no dia seguinte... e disse: "Dead fez algo realmente legal! Ele se matou". 
Eu pensei, "você perdeu o juízo? Como assim fez algo legal?". 
Ele disse: "Relaxa, eu tirei fotos de tudo". Eu estava em choque e aflito. 
Ele estava somente pensando em como explorar isto. 
Então eu disse a ele: "OK. Nunca mais me chame antes de destruir estas fotos".

Euronymous usou o suicídio de Dead para criar uma imagem "maligna" para o Mayhem, alegando que Dead se matou porque o black metal havia se tornado muito "na moda" e comercializado. Na época, havia rumores de que Euronymous havia cozido um pote de fragmentos cerebrais do falecido e feito colares com fragmentos de seu crânio. A banda mais tarde negou o primeiro boato, mas depois confirmou o segundo. Além disso, Euronymous afirma que deu esses colares a músicos que considerava valiosos, o que é corroborado por vários membros da cena black metal norueguesa, como Bard "Faust" Eithun e Metalion. Posteriormente, Necrobutcher deixou a banda.


Além da morte de Dead, Mayhem foi tema de algumas páginas controversas na história do black metal e do rock. Antes de mais nada, o Mayhem é a banda mais importante do Inner Circle, um movimento anticristão formado por membros de várias bandas norueguesas de black metal, com o objetivo de espalhar e disseminar o ódio e a antipatia ao cristianismo na tentativa de até mesmo tirar o cristianismo do Noruega. No entanto, essa atitude não estava presente apenas no nível intelectual: durante esse período, várias igrejas na Noruega foram incendiadas por membros do movimento, incluindo algumas igrejas históricas, resultando na queima ou destruição de mais de 50 igrejas por membros do Inner Circle. 

Com o suicídio de Dead e a saída do Necrobutcher, o Mayhem está reduzido a dois membros. O vocalista e o baixista Occultus se juntaram à banda, fazendo vários shows como um trio por um tempo. No entanto, sua permanência na banda durou pouco. Ele saiu depois de receber ameaças de morte de Euronymous. Em julho de 1993, a banda lançou o álbum ao vivo "Live in Leipzig" em homenagem a Dead, que acabou se tornando um dos principais álbuns da cena black metal.


Euronymous chamou Varg Vikernes no baixo, Snorre "Blackthorn" Ruch (Thorns) na segunda guitarra e o húngaro Attila Csihar (Tormentor) nos vocais, e assim começou a gravação de "De Mysteriis Dom Sathanas". Devido à pouca exposição na mídia e vigilância policial, Euronymous acabou fechando sua loja de discos Helvete. A maior parte do álbum foi gravada no Grieg Hall em Bergen durante a primeira metade de 1993. Para coincidir com o lançamento do álbum, Euronymous e Varg planejaram explodir a Catedral de Nidaros, a qual aparece na capa do CD, mas o plano acabou não dando certo.


No meio do ano, surgia uma tensão e um desentendimento entre Varg e Euronymous envolvendo questões contratuais e do Inner Circle, o que resultou no assassinato de Euronymous por Varg em 10 de Agosto de 1993. No dia em questão, Varg e Snorre Ruch viajaram 518 km de Bergen até o apartamento de Euronymous em Oslo. Após uma discusão entre os dois, Varg esfaqueou Euronymous o matando. Seu corpo foi encontrado fora do apartamento com 23 ferimentos de facadas. Varg alegau que Euronymous tencionava sequestrá-lo, torturá-lo até a morte e gravar em uma fita de vídeo, usando um encontro sobre um contrato de gravações como pretexto. 


Na noite do assassinato, Varg diz que entregou o contrato nas mãos de Euronymous e "disse para ele se foder", mas que Euronymous atacou-o primeiro. Varg diz que a maioria dos ferimentos foram causados por cacos de vidro quebrados que caíram durante o confronto. Ele foi preso alguns dias depois e em alguns meses foi sentenciado a 21 anos de prisão tanto pelo homicídio quanto pelos incêndios a igrejas. Ele foi liberado em 2009. Ruch, que esperava por Varg no térreo do prédio e não teve nenhum envolvimento com o crime, acabou sendo condenado por cumplicidade no assassinato e ficou 8 anos preso. Com a volta de Attila Csihar para a Hungria para terminar seu curso de engenharia, restou apenas Hellhammer como membro oficial, ocasionando o fim da banda.

Em Maio de 1994, "De Mysteriis Dom Sathanas" foi lançado e formalmente dedicado a Euronymous. Seu lançamento foi adiado devido a queixas por parte dos pais de Euronymous, que se opuseram a presença das linhas de baixo gravadas por Varg Vikernes. De acordo com Varg, Hellhammer assegurou aos pais de Euronymous que ele mesmo iria regravar os baixos. Aparentemente Hellhammer não fez isso, então o álbum contém os baixos originais de Varg Vikernes.


O filme conta até essa parte, na verdade um pouco antes do lançamento do álbum citado. É bem bizarro o que os integrantes da banda fizeram, isso é fato. LORDS OF CHAOS é baseado no livro de mesmo nome, escrito pelos jornalistas Didrik Soderlind e Michael Moynihan. O filme foi dirigido pelo sueco Jonas Akerlund que é um famoso diretor de videoclipes, onde ganhou diversos prêmios na música. Ele também dirigiu entre outros, ''Polar'' com Mads Mikkelsen.

No papel do Euronymous temos Rory Culkin. Reparou no sobrenome? Sim, é o irmão caçula e menos famoso de Macaulay Culkin. Alias, tem partes do filme onde os mais desavisados vão achar que é o próprio Macaulay de tamanha semelhança entre eles. No elenco temos também Emory Cohen e Jack Kilmer. Para completar, temos Sky Ferreira como interesse amoroso do Euronymous.

Trailer


Mayhem - Lords of Chaos
Estados Unidos/Reino Unido/Suécia
2018 - 118 minutos

Direção:
Jonas Akerlund

Elenco:
Rory Culkin (Euronymous)
Emory Cohen (Kristian "Varg" Vikernes)
Jack Kilmer (Pelle "Dead" Ohlin)
Anthony De La Torre (Jan Axel "Hellhammer" Blomberg)
Valter Skarsgard (Bard Guldvik "Faust" Eithun)
Sky Ferreira (Ann-Marit)

24 dezembro 2022

Santa Clause vs. Christmas Vixens

 Curta de (semi erótico) Natal


Nas minhas andanças pela internet me deparei com uma postagem em algum blog desse curta. Pelas screens parecia divertido, na verdade, parecia mais... digamos... Enfim, tinha mulher pelada, é isso. Tive então que procura-lo e não foi uma tarefa fácil pois é mesmo é bem raro. Mas no final deu tudo certo. Isso já faz alguns bons anos e como eu nunca tinha postado algo temático, aqui vou eu trazendo essa perola de natal!! Comecei então trabalhar nessa legenda, e finalmente lanço aqui nessa merda de blog!




SCvsTCV é bem simples e até tenta ter alguma historinha, 4 amigas estão se preparando para o natal quando uma delas ganha um carro num programa de TV. Quem iria levar até a casa delas é o bom velhinho. Nesse meio tempo elas ficam provando algumas roupas bem ''legais''. Até que o Noel chega só que não é o da TV, então elas começam a ''tortura-lo''. Do porque algumas tiram a roupa eu não sei, mas não importa, o importante é que elas tiraram (kkkkk). E no final tem uma surpresa que é 54215% previsível. 




Esse troço foi dirigido por Kirk Bowman que por aqui é totalmente desconhecido, no Estados Unidos somente aqueles fãs hardcore de filmes eróticos/trash devem conhecer. Nesse filme ele é o apresentador de TV. O Papai Noel, Michael Q. Schmidt é mais conhecido dos desconhecidos, até é possível que já o tenham visto em alguma ponta de algum filme ou serie underground. Se pesquisei certinho, o único filme/serie que participou que foi lançado oficialmente no Brasil, foi ''John Morre no Final'' e somente numa ponta. Para quem teve oportunidade de acompanhar os primórdios do Adult Swim no Cartoon Network, Schmidt participou de 27 episódios da bizarra animação ''Tom Goes to the Mayor'' que também teve participação do Sal Goodman ou melhor, Bob Odenkirk.



Sobre as meninas, das quatro, somente uma seguiu carreira de ''atriz'', a Savvy Brown e provavelmente, ninguém viu seus outros filmes, tudo underground, raro e difícil de se achar. As demais só fizeram esse filme. Se fizeram filmes adultos aí desconheço. 



Fico por aqui, FELIZ NATAL!

Trailer (não tem)

Santa Clause vs. Christmas Vixens
Estados Unidos 
2002 - 15 minutos

Direção:
Kirk Bowman

Elenco:
Mary Jane Page (Kelly)
Savvy Brown (Rose)
Sidney Cian (Mandy)
Lilian Fox (Samantha)
Michael Q. Schmidt (Papai Noel)
Kirk Bowman (Ed)

30 novembro 2022

The AGFA Horror Trailer Show

 Mixtape de trailers!!!


Você que acompanha o FILMELIXO com certeza sabe o que é um mixtape. Para os desavisados, resumindo é uma coleção de videos, onde alguém compila transformando num grande filme. Grande no sentido de tempo, não vá achando que é ''grande'' de bom.



Mixtapes hoje em dia são raríssimos devido a facilidade de distribuir videos pelas redes sociais, Youtube e tal, mas mesmo assim ainda tem malucos como eu que curte os mixtapes raíz para assistir na tela grande da TV e não via monitor e ou ainda pior, na telinha do telefone. AGFA é um desses raros pois foi lançado em 2020, inclusive em blu-ray mas obvio que somente no Estados Unidos.
 
THE AGFA HORROR... blá blá blá foi produzido pela AGFA ou American Genre Film Archive, mas que porra é essa? Formado em 2009, o  AGFA é uma organização sem fins lucrativos localizada em Austin, Texas. Existe para preservar o legado dos filmes do gênero por meio de coleta, conservação e distribuição. Tem em seus fundadores nomes como Alamo Drafthouse, Tim e Karrie League, os cineastas Paul Thomas Anderson, Anna Biller, Frank Henenlotter e Nicolas Winding Refn, o cantor e ator RZA, a colecionadora e restauradora de filmes Lisa Petrucci, e os super heróis de filmes de gênero Zack Carlson e Lars Nilsen. 





Com mais de seis mil gravuras de filmes, um scanner de filmes em 4K e armas de distribuição de vídeos teatrais e domésticos, a AGFA nunca descansará até que os filmes de gênero governem o mundo. Para saber mais https://www.americangenrefilm.com/



Esse mixtape serve (além de rir dos bizarros trailers), testar o conhecimento do telespectador, eu por exemplo, tem diversos filmes que eu não fazia ideia que existia. Além de trailers de filmes, AGFA ainda trás comerciais raros e muito divertidos.

Alguns outros mixtapes já postados:

Trailer

The AGFA Horror Trailer Show
Estados Unidos
80 minutos - 2020

Direção:
AGFA

Elenco:
Vários







30 outubro 2022

Bikini Girls on Dinosaur Planet

Grandes atuações e grandes efeitos especiais nesse porno soft


Eu postei em julho/22 um troço chamado The Vibrating Maid, um arreganho sem graça com duas mulheres se esfregando com aquela vontade de terminar logo e pagar o cachê. Para não dizer que foi de todo ruim, pela primeira vez aqui no blog temos Erin Brown ou Misty Mundae, uma conhecida no mundo soft porno e terror underground trash. Será que temos uma nova musa do FILMELIXO? Só o tempo dirá, o fato é que trouxe mais uma merda legendada estrelando Erin Brown!


BIKINI GIRLS ON DINOSAUR PLANET é uma super produção (parece o Sady Baby falando de seus filmes), com um grande elenco feminino do underground. Temos Lilly Tiger que também esteve no filme citado acima; Tina Krause, talvez a mais famosa do elenco, atriz que tem mais de 120 filmes no currículo, entre trashs, porno soft, filmes B e amadores; Ruby Larocca que também aparece em diversos filmes do mesmo genero que a Krause e Zoe Moonshine que tem menos de 10 filmes na carreira sendo provavelmente a menos conhecida desse filme.


Bem, obviamente BGODP (melhor chamá-lo assim, não acham?) não tem nada demais eu seu enredo se podemos dizer que tem. Tudo bem, tem sim, aqui temos duas cientistas que vão para um planeta primitivo estudar sobre as lésbicas desse lugar. Só isso. Não iam esperar algo mais profundo certo? O roteiro (se foi escrito) deve ter tido apenas uma página, já que as falas são apenas das cientistas e são poucas. As habitantes do planeta dos dinossauros são primitivas e não falam, apenas ficam de grunhidos e principalmente gemidos, é claro!


Falando um pouco do diretor William Hellfire, que é o mesmo daquele filme citado, originalmente começou essa tranqueira como um curta onde ele recebeu uma grana atrizes, vesti-las com roupas de garotas das cavernas e jogar uma atriz em uma pilha de cocô de dinossauro. Isso lá em 1999. Hellfire então adicionou cenas de sexo lésbico e mandou fazer um javali pré-histórico gigante para puxar uma das atrizes. Misty Mundae fez as fantasias de material de zebra e leopardo em cerca de 15 minutos. O diretor chegou a comentar que estava bêbado de uísque durante a maior parte dos dois dias de filmagem. Para aturar essa merda só assim mesmo, acho justo. 


Em 2002, ele decidiu inserir duas cientistas numa nave espacial narrando narrando sobre o planeta dos dinossauros. Ele transformou seu apartamento na espacial com monitores e caixas de papelão prateadas. Hellfire ofereceu seu filme a produtora Seduction Cinema e eles contrataram o artista de efeitos especiais Brett Piper para adicionar dinossauros, o resultado ficou lindo. Eu sei, o orçamento é baixíssimo e não é para se esperar um ''Jurassic Park'', mas eu perco o amigo mas não perco a piada. 


Oficialmente, BGODP foi lançado em 2005, mas como vimos começou suas filmagens em 1999. Isso deve se confirmar verdadeiro já que a atriz Tina Krause deixou o porno soft em 2000. Outra coisa é a qualidade da imagem das cenas das primitivas e das cenas das cientistas, são totalmente diferentes.


Mas vamos continuando...
- E o principal? 
- Que principal? 
- As cenas quentes? 
- Que cenas quentes? 
- De sexo, porra!!! 
- Ah, bom!

Bem, tão boas quanto tomar sorvete de chuchu. Serve talvez para dar algumas risadas das atuações das primitivas, pois nas cenas de ''sexo'',  caramba, é ó, uma bosta! Talvez a melhor parte seja nos créditos onde toda turma de banham de lama e ficam se esfregando! Tem outra coisa boa, a capa do DVD, ela engana podem ter certeza. Aparentemente até parece um filme razoável.

Trailer


Bikini Girls on Dinosaur Planet
Estados Unidos
2005 - 58 minutos

Direção:
William Hellfire

Elenco:
Zoe Moonshine (Cientista)
Ruby Larocca (Cientista e Primitiva)
Erin Brown (Primitiva)
Tina Krause (Primitiva)
Lilly Tiger (Primitiva)

Download (versão legendada)

31 julho 2022

The Vibrating Maid

 Não vale nem pela curiosidade...



Esse aqui um pequeno filme, alias, nem sei se dá para falar que é filme, nem para pornô serve... É apenas duas mulheres que ficam no arreto sem ir aos finalmente se me entendem. Assistir ou não essa porcaria não vai trazer nada de relevante, apenas uma perde de 25 minutos de vida mais o tempo de download. Para não dizer que é de todo ruim, aqui temos Erin Brow, também conhecida como Misty Mundae, uma atriz até que mais ou menos conhecida no meio trash/pornô/erótico, mesmo assim você tem que ser um conhecedor desses filmes undergrounds e pouco conhecidos por aqui. Reforçando, conhecida aqui, pois nos Estados Unidos ela é muito mais famosa.



Misty começou sua carreira em 1997 fazendo pornos softs até 2002, período que usava o pseudônimo citado quando fechou parceria com a produtora E.I. Independent Cinema e começou a fazer trash independentes e usando o nome Erin Brow. A revista online SciFi Weekly classificou Misty como um icone do terror vivo, junto de nomes como Robert Englund, Linda Blair e Jamie Lee Curtis. Pois é, como eu citei, aqui é bem underground, lá ela é bem famosa. Se você é bem detalhista e fã de CSI, pode ser que a tenha visto em dois episódios da serie na 11º temporada.

Já a outra atriz é Lilly Tiger e é ainda mais obscura que a Misty, não sendo conhecia nem nos Estados Unidos, muito menos aqui. Só no FILMELIXO para conhecerem essas perolas.


E o diretor é nada mais nada menos que William Hellfire, conhecem? Não, nem eu. Até agora. Hellfire fez diversos curtas de terror e porno soft, alias, ele era o namorado de Misty na época desse ''filme''.


Só para fechar, essa porcaria de filme conta a ''história'' de uma empregada da casa que é pega pela patroa se masturbando e a ordena que a ensine a fazer isso. Nossa, mudou minha vida. Até um filme do Rocco Sifredi tem mais história que isso aqui.


THE VIBRATING MAID é tão obscuro que nem capa tem, eu que fiz esse lixo acima e postei. Eu ainda sou um dos poucos que se presta em postar essas merdas legendadas, quem sabe trago mais filmes com Misty Mundae futuramente.

Trailer (não tem e nem precisa)

The Vibrating Maid                                                                                                                                Estados Unidos                                                                                                                                          2000 - 25 minutos

Direção:                                                                                                                                                    William Hellfire

Elenco:                                                                                                                                                       Misty Mundae (The Lady)                                                                                                                            Lilly Tiger (The Maid)

Download (versão legendada)

25 junho 2022

One Million Heels B.C.

 Curta erótico!


Sabe aqueles filmes que você assiste e não te acrescenta em nada? Existe filmes assim e esse aqui é um deles. Bem, para não dizer que não acrescenta em nada, pelo menos temos mulheres gostosas mas sem ir aos ''finalmentes'', se é que me entende. Tem um a história bem bobinha, pelo menos ainda tem, não que isso faça alguma diferença. Rose (Cierra Knight) está tomando um banho de mangueira e escuta no rádio que uma tempestade na cidade causou algo incomum, foi encontrado ovos de dinossauro e pessoas pré histórica. Uma dessas (Michelle Bauer), chega na casa e encontra Rose que obviamente fica assustada, mas só na hora, logo ficam amigas bem intimas. Até que chega mais uma amiga (Jerica Fox) e as 3 tomam banho juntas. Aí mais um ser pré histórico chega na casa, um barbudo gordinho inofensivo. Não sei quem ele é pois nem nos créditos o colocaram.



Sobre as ''atrizes'', Cierra Knight fez alguns filmes adultos e de exibicionismo, raros de se encontrar e nenhum conhecido. Jerica Fox fez alguns filmes adultos, outros eróticos para mostrar seus dotes tipo aqueles antigos videos da Playboy (assim como a Cierra Kinight) e em algumas pontas em alguns outros filmes comerciais, mas nada de relevante.



Já Michelle Bauer é bem possível que vocês conhecem, ela começou a carreira em filmes adultos com o pseudônimo de Pia Snow e Pia Sands. Depois começou a fazer filmes eróticos e comerciais, provavelmente a viram em algum momento no Cine Prive. Ela tem em seu currículo mais de 150 filmes, sem contar os adultos. Se existe algum motivo para assistir essa porcaria é por ela e também pelas outras duas que não ficam atrás na gostosura!!!


Essa tranqueira é dirigido por Gary Graver (falecido em 2006), que já dirigiu quase 150 filmes, entre curtas, eróticos e filmes comerciais. Antes de virar diretor, Graver foi palhaço de circo, mágico e também produziu seu próprio programa de rádio semanal. No seu porão, criou um pequeno cinema para filmes de 16mm e também um teatro para apresentar peças para crianças do bairro. Aos 20 anos se mudou para Hollywood estudar cinema e teve como colegas atores famosos como Jeff Corey, Lee Cobb e Lucile Ball. Mas não somente era diretor, Graver também foi câmera, roteirista, ator, editor entre outras funções cinematográficas. Com certeza esse não é seu filme mais conhecido mas para os leitores do FILMELIXO vai ser! Traduzido e legendado para o blog.


Trailer (não tem)


One Million Heels B.C.

Estados Unidos

1993 - 35 minutos


Direção:

Gary Graver


Elenco:

Michelle Bauer (Garota da Caverna)

Cierra Knight (Rose)

Jerica Fox (Savannah)

??? (Homem da Caverna)


Download (versão legendada)